quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cariri sofre com abastecimento d’água e em uma delas moradores não possuem sequer água encanada


 
Imagine uma cidade em que a população precisa comprar água a pipeiros para beber, tomar banho e fazer todas as necessidades próprias de um ser humano.
Segundo relato de Patrício Silva essa realidade existe e pode ser vista por quem desejar na cidade de Assunção, Cariri da Paraíba. “Aqui nós estamos comprando água a carro pipa por 70 reais e muitas vezes nem há para comprar, uma vez que a demanda é maior que a oferta. Quem não pode comprar o Exército coloca água em um chafariz que mal dá para pegar mais do que dois ou três baldes de água para todo o dia”, explicou.
A falta de um abastecimento de água com qualidade é um problema com o qual muitos caririzeiros são obrigados a conviver diariamente. Em Caraúbas, cidade pertencente ao Cariri Ocidental, até que existe água encanada, mas a rede de tubulação é a mesma que abastecia a cidade há 22 anos.
Lucia Nunes mora na parte alta de Caraúbas e neste caso o problema é ainda maior. Ela explica que o abastecimento na cidade se dá por rodízio, isto é, liga-se num lugar e desliga-seem outro. Paraa moradora, o constrangimento causado pela Cagepa na população é tamanho e há meses em que chega a ficar 15 dias sem água.
Na terceira reportagem especial sobre os Avanços e Desafios do Cariri, a equipe de reportagem da Serra Branca FM cobrou da Cagepa e Governo do Estado explicações para os problemas mais gritantes da região no tocante ao abastecimento de água. Digo os mais gritantes, porque diversos outros são registrados em quase todas as cidades do Cariri e a explicação é sempre a mesma: sistemas obsoletos e falta de investimentos na região.
Sobre a elementar falta de água encanada no município de Assunção, o secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Azevêdo Lins, garantiu que o Estado já tem uma solução para o problema. Segundo ele, uma adutora que vem da cidade de Patos passará por Assunção e verbas já estão asseguradas no novo empréstimo do Governo junto ao BNDES, previsto para este ano.

Com soluções que há anos não saem do papel e problemas que há mais tempo ainda incomodam a população, o Cariri espera ações mais concretas dos governos que se sucedem.

De Olho no Cariri

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